Você conhece aqueles tipos de filmes que se inspiram em muitos outros gêneros, mas que mesmo assim consegue formar uma identidade própria ?
Kill Bill é um desses filmes.
Dirigido e roteirizado por Quentin Tarantino que até então como diretor
tinha somente três "obras de arte" no seu currículo, conseguiu
novamente mostrar sua genialidade e talento neste projeto que tem como objetivo
não só divertir o telespectador mas também homenagear os gêneros
cinematográficos que inspiraram o diretor.
Ou seja, Kill Bill é uma mistura genial e inteligente de Kung Fu com
"filmes de Samurai" além de uma pitada de Western.
Se você quiser saber se essa mistura deu realmente certo, continue
lendo, isto é uma ordem...
I AM THE LAW!!!
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Desculpe ainda estou em estado de choque por ter assistido Judge Dredd.
Mas continuando...
No dia do seu casamento Beatrix ( Uma Thurman ) sofre uma tentativa de
assassinato por parte de seus antigos parceiros do "Esquadrão Assassino de
Víboras Mortais", do qual ela fazia parte. Logo após o atentado um dos
membros cruelmente dispara um tiro contra a cabeça de Beatrix, que
milagrosamente sobrevive, porém entra em um coma de 4 anos. Após acordar do coma, Beatrix só quer vingança contra seus antigos parceiros por terem matado seu noivo
e seu bebê. E é nessa jornada vingativa e sangrenta em que o filme é baseado.
Como a maioria dos projetos de Tarantino, Kill Bill usa e abusa da
violência, dos diálogos tanto marcantes como memoráveis, além do enredo não ser
linear. A trama é dividida em 10 capítulos, cada um de grande importância para
o se entender o enredo, pequenos diálogos revelam grandes descobertas. Todos os
personagens mostrados são muito importantes para quem assistir e quer realmente
entender o filme.
As cenas de luta
são ao mesmo tempo impressionantes e exageradas. Impressionantes por serem
retratadas com tanta perfeição e profissionalismo. Exageradas pela alta
quantidade de sangue que jorra de um adversário. O filme apela bastante para a
violência, mas nem por isso ele pode ser considerado ruim.
Na verdade passa
muito longe disso...
As lutas lembram
muito os filmes de Kung Fu e de Samurais antigos, enquanto a tensão e a trilha
sonora lembram bastante os filmes de Western ( Velho Oeste ) dirigidos por
Sergio Leone e Sergio Corbucci.
Além disso a trilha sonora do filme é executada pelo mestre Ennio
Morricone que, como de costume, fez um excelente trabalho. Claro que as músicas não são exclusivamente de Morricone. A trilha sonora do filme é constituída de
músicas de vários gêneros, desde jazz às músicas nipônicas.
O enredo é
mostrado de forma não linear, e no começo é realmente um pouco díficil de
entender, mas ao mesmo tempo que a narrativa é complexa ela é extremamente
explicativa. Quem assiste com certeza em pouco tempo vai conseguir entender a
trama e seus protagonistas e antagonistas.
Kill Bill
originalmente seria um único filme mas como o a duração dos dois juntos iria
ultrapassar as 4 horas de duração, resolveram dividir o filme em 2 volumes.
Conclusão :
Kill Bill é um
filme espetacular recheados de homenagens á outros filmes, violência e humor
negro, com certeza um digno filme de Tarantino.
Um projeto que
lembra e homenageia todos os gêneros que de alguma forma contribuíram para ele ser
o grande diretor que é hoje.
Nota : 8,5
E você ainda quer
algum motivo para assistir Kill Bill ???
Sonny Chiba e
David Carradine atuam nesse filme!!!
Muito bom texto Kahlil parabéns.
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